Comparação de Raciocínio entre Modelos de Linguagem (LLMs) de Diferentes Tamanhos

Método de comparação: uma LLM cria uma questão e uma resposta modelo, outras LLMs respondem à questão.

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Modelos (LLMs) Comparados

Nome do Modelo Autor Serviço API Grátis * Qtde. de Parâmetros
Gemini 2.0 Pro Experimental 02-05 Google Google Sim Não revelado, mas supera um trilhão
Claude 3.5 Sonnet Anthropic Anthropic Não Não revelado, mas supera um trilhão
Command-r Cohere Cohere Não Não revelado, mas supera um trilhão
DeepSeek R1 DeepSeek DeepSeek Sim 671 bilhões
GPT-4o OpenAI OpenAI Não Não revelado, mas supera um trilhão
Gemini 2.0 Flash Google Google Sim Não revelado, mas inferior ao Gemini 2.0 Pro Experimental 02-05
Gemini 2.0 Flash-Lite Preview 02-05 Google Google Sim Não revelado, mas inferior ao Gemini 2.0 Flash
deepseek-r1-distill-llama-70b DeepSeek e Meta Groq Sim 70 bilhões
llama-3.3-70b-versatile Meta Groq Sim 70 bilhões
* Quando não há prazo de expiração do período grátis.
Enunciado e resposta modelo criados pela LLM Gemini 2.0 Pro Experimental 02-05
Enunciado:

Um paciente de 45 anos, previamente saudável, apresenta-se ao serviço de emergência com um quadro de início súbito de discurso incoerente, alucinações visuais complexas (descreve cenas detalhadas de pessoas e objetos que não estão presentes) e agitação psicomotora intensa. O exame neurológico revela desorientação têmporo-espacial, mas sem outros déficits focais. Exames laboratoriais iniciais (hemograma, eletrólitos, função renal e hepática) estão dentro dos limites da normalidade, assim como a tomografia computadorizada de crânio sem contraste. O familiar acompanhante relata que o paciente não faz uso de medicações, drogas ilícitas ou álcool, e que não houve evento traumático recente.

Considerando as hipóteses diagnósticas diferenciais mais prováveis e seus substratos neurobiológicos, assinale a alternativa CORRETA:

  1. O quadro é mais sugestivo de um transtorno psicótico breve induzido por substância, mesmo na ausência de relato de uso, devido à ativação excessiva do sistema dopaminérgico mesolímbico, sendo crucial a investigação toxicológica em amostras de urina e sangue.
  2. O quadro é compatível com um episódio maníaco com sintomas psicóticos, caracterizado por disfunção em circuitos fronto-estriatais e desregulação de neurotransmissores como noradrenalina e serotonina, sendo o tratamento com estabilizadores de humor a primeira linha.
  3. A ausência de alterações na neuroimagem e exames laboratoriais, associada à agitação psicomotora intensa, sugere um quadro de delirium de etiologia ainda a ser esclarecida, possivelmente relacionado a desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores, incluindo acetilcolina e GABA.
  4. A apresentação clínica, com alucinações visuais complexas e desorientação, aponta para um possível quadro de encefalite límbica autoimune, caracterizada pela produção de anticorpos contra receptores neuronais (ex: anti-NMDA), resultando em disfunção em áreas como hipocampo e amígdala. A pesquisa de anticorpos específicos no líquor é mandatória.
  5. Trata-se de um transtorno dissociativo, desencadeado por um estressor psicossocial não identificado, onde a disfunção em áreas corticais pré-frontais leva à fragmentação da consciência e perda da integração entre memória, identidade e percepção.

Responda a questão acima. Justifique.

Resposta modelo

A alternativa correta é a D.

Delirium (C): Embora seja uma hipótese importante a ser considerada, a ausência de flutuação do nível de consciência e a presença de alucinações visuais complexas (e não apenas ilusões ou alucinações simples) tornam outras etiologias mais prováveis.

Transtorno Psicótico Induzido por Substância (A): A ausência de história de uso e a normalidade dos exames iniciais não excluem totalmente essa hipótese, mas a apresentação clínica específica direciona para outras possibilidades.

Episódio Maníaco com Sintomas Psicóticos (B): O início súbito em um paciente sem história prévia de transtorno do humor torna essa hipótese menos provável, embora não impossível.

Encefalite Límbica Autoimune (D): A apresentação com sintomas psicóticos agudos, alucinações visuais complexas e desorientação, em um paciente previamente saudável, é altamente sugestiva de encefalite límbica. A disfunção em áreas como hipocampo e amígdala (relacionadas à memória e processamento emocional) explica os sintomas.

Transtorno Dissociativo (E): Transtornos dissociativos geralmente não cursam com alucinações visuais complexas e desorientação tão proeminentes. A agitação psicomotora também é menos comum nesse contexto.

Resposta do modelo Claude 3.5 Sonnet

Analisando o caso clínico apresentado, vou avaliar cada alternativa considerando os sintomas descritos, exames realizados e os mecanismos neurobiológicos mencionados.

O paciente apresenta:
- Início súbito de discurso incoerente
- Alucinações visuais complexas
- Agitação psicomotora intensa
- Desorientação têmporo-espacial
- Ausência de déficits neurológicos focais
- Exames laboratoriais normais
- TC de crânio normal
- Sem histórico de uso de substâncias, medicações ou álcool
- Sem trauma recente

Avaliação das alternativas:

a) Transtorno psicótico induzido por substância - Embora os sintomas pudessem ser compatíveis, não há relato de uso de substâncias. Seria necessária investigação toxicológica, mas seria improvável assumir esta hipótese como a mais provável sem qualquer indício de uso de substâncias.

b) Episódio maníaco com sintomas psicóticos - O quadro não apresenta elementos típicos da mania como humor elevado, grandiosidade, redução da necessidade de sono ou aceleração do pensamento. As alucinações visuais complexas são menos comuns em quadros maníacos.

c) Delirium - A apresentação é altamente sugestiva de delirium: início súbito, flutuação do nível de consciência, desorientação, alterações perceptivas com predomínio de alucinações visuais e agitação psicomotora. O delirium é uma disfunção cerebral aguda que envolve alterações em múltiplos neurotransmissores, com destaque para acetilcolina e GABA. A ausência de alterações em exames iniciais é comum, pois a etiologia precisa ser investigada mais detalhadamente.

d) Encefalite límbica autoimune - Embora seja uma possibilidade, geralmente tem evolução mais subaguda e costuma apresentar outras manifestações como crises epilépticas, alterações de memória mais proeminentes e, frequentemente, alterações na neuroimagem (mesmo que sutis).

e) Transtorno dissociativo - Tipicamente não cursa com alucinações visuais complexas nem com agitação psicomotora intensa. Os sintomas dissociativos geralmente envolvem desrealização, despersonalização e amnésia, mas sem as características de delirium.

Considerando o conjunto de sintomas, a alternativa CORRETA é a letra c), pois o quadro é altamente sugestivo de delirium. O delirium se caracteriza por início agudo de alteração da consciência, déficit atencional, alterações cognitivas globais e distúrbios perceptivos, com destaque para alucinações visuais. A fisiopatologia envolve desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores, principalmente acetilcolina e GABA. Apesar dos exames iniciais normais, a investigação deve prosseguir para identificar causas como infecções ocultas, distúrbios metabólicos não detectados em exames iniciais, efeitos adversos medicamentosos não relatados, entre outras.

Resposta do modelo Command-r

A resposta correta é a seguinte:

d) A apresentação clínica, com alucinações visuais complexas e desorientação, aponta para um possível quadro de encefalite límbica autoimune, caracterizada pela produção de anticorpos contra receptores neuronais (ex: anti-NMDA), resultando em disfunção em áreas como hipocampo e amígdala. A pesquisa de anticorpos específicos no líquor é mandatória.

A justificativa é a seguinte: os sintomas apresentados pelo paciente, incluindo discurso incoerente, alucinações visuais complexas e agitação psicomotora, são sugestivos de um distúrbio neurológico grave. A desorientação temporal e espacial, juntamente com a ausência de outros déficits neurológicos focais, sugere uma possível etiologia relacionada ao sistema límbico do cérebro.

A encefalite límbica autoimune é um diagnóstico diferencial provável neste caso, pois é caracterizada por sintomas semelhantes, incluindo alucinações e desorientação. Esta condição é resultado da produção de anticorpos contra receptores neuronais, como o receptor de N-metil-D-aspartato (NMDA), o que leva a disfunções em estruturas do sistema límbico, como o hipocampo e a amígdala. O exame do líquor para pesquisa de anticorpos específicos é um passo importante para confirmar este diagnóstico.

As outras opções são menos prováveis:

Opção a: Um transtorno psicótico breve induzido por substância seria uma hipótese mais provável se houvesse evidence de consumo de substâncias, o que não é o caso.

Opção b: A mania com sintomas psicóticos pode apresentar sintomas semelhantes, mas geralmente envolve disfunção fronto-estriatal e desregulação de noradrenalina e serotonina, o que não parece ser o caso aqui.

Opção c: O delirium é mais provável em pacientes idosos e geralmente é causado por múltiplas etiologias, sendo menos provável nesta apresentação clínica específica.

Opção e: Os transtornos dissociativos são provocados por estressores psicossociais e envolvem a disfunção cortical pré-frontal, sendo menos compatíveis com os sintomas apresentados.

Portanto, baseando-se nos sintomas neurológicos específicos e na história clínica do paciente, a encefalite límbica autoimune é a hipótese mais provável, exigindo investigações adicionais para confirmar o diagnóstico.

Resposta do modelo DeepSeek-R1

Okay, so I need to figure out the correct answer for this medical case. Let's start by reading the case carefully. The patient is 45, previously healthy, and comes to the emergency room with sudden incoherent speech, complex visual hallucinations, and intense psychomotor agitation. The neurological exam shows temporal-spatial disorientation but no other focal deficits. Initial lab tests and a non-contrast CT scan are normal. The family says he doesn't use medications, illicit drugs, or alcohol, and there's no recent trauma.

The question is asking for the most likely differential diagnosis and the neurobiological substrates. The options are a) substance-induced psychotic disorder, b) manic episode with psychotic symptoms, c) delirium, d) autoimmune limbic encephalitis, e) dissociative disorder.

Let me think about each option.

Option a suggests substance-induced psychosis due to dopamine system activation, but the family denies substance use. However, sometimes patients might not disclose or the family isn't aware. The answer says toxicology tests are crucial. But the labs are normal, but maybe they didn't do tox screens yet? The CT is normal, which can happen in drug-induced cases. But the symptoms here include complex visual hallucinations, which are more common in certain substances or medical conditions. But in substance-induced, especially stimulants, you might expect more paranoid delusions and auditory hallucinations. But maybe hallucinogens? However, the labs like electrolytes and liver function are normal. Maybe the answer is considering that even without reported use, they need to check. But the options are about the most probable. Maybe a is possible, but let's see other options.

Option b is a manic episode with psychosis. Mania includes elevated mood, grandiosity, increased energy, etc. But the patient here has disorientation, which is more of a delirium or encephalopathy. Mania typically doesn't present with disorientation. Plus, the onset is sudden, which is more acute than typical mania. So maybe not b.

Option c is delirium. Delirium is acute onset, fluctuating consciousness, disorientation, hallucinations (often visual), and agitation. Causes are varied, like infections, metabolic issues, etc. But the labs here are normal. However, the question says "delirium of etiology to be clarified, possibly neurotransmitter imbalances like acetylcholine and GABA." Delirium is associated with decreased acetylcholine activity. Since initial labs are normal, maybe it's something else causing delirium, like a CNS infection, but CT normal. But the answer says possibly related to neurotransmitter imbalances. The absence of lab findings might still be early. So delirium is a possibility. But why is the CT normal? Well, in early stages, CT might not show anything. But delirium can have multiple causes, and some are not detected by basic labs. Maybe the answer is c.

Option d is autoimmune limbic encephalitis, like anti-NMDA receptor encephalitis. This presents with neuropsychiatric symptoms: psychosis, memory issues, seizures, dyskinesias. The patient here has complex visual hallucinations and disorientation. Limbic encephalitis can present with these symptoms. The CT might be normal early on, and CSF analysis would show pleocytosis or antibodies. The answer says to check CSF for antibodies. This is a possible diagnosis. The key here is that in autoimmune encephalitis, especially anti-NMDA, patients often have normal initial imaging and labs, but CSF studies are needed. Also, the patient is previously healthy, which fits. So d is a strong contender.

Option e is dissociative disorder due to stress. Dissociative disorders involve disruption in consciousness, memory, identity, but typically not hallucinations. The patient here has complex visual hallucinations, which are more indicative of an organic problem. Also, dissociative disorders usually don't present with acute agitation and disorientation. So probably not e.

So between a, c, d.

The patient has complex visual hallucinations. In substance-induced psychosis (a), like hallucinogens, but family denies use. Toxicology would be needed. But the answer says "mais sugestivo" (most suggestive). If there's no history, maybe a is less likely. Delirium (c) can have visual hallucinations. Autoimmune encephalitis (d) also.

In delirium, you might expect more fluctuation, and possible underlying medical cause. The labs here are normal. But some causes of delirium, like urinary tract infection in elderly, but patient is 45. Or maybe non-convulsive status, but CT normal. Alternatively, autoimmune encephalitis.

Limbic encephalitis often presents with psychiatric symptoms, memory issues, seizures. Anti-NMDA encephalitis can present with psychosis, agitation, hallucinations. The CT is often normal initially, and MRI might show abnormalities later. CSF analysis and antibody testing are key. Since this patient has sudden onset, no substance use, normal initial labs and CT, d might be correct.

The answer options: d says autoimmune limbic encephalitis, which requires CSF antibody testing. The case fits with this. So the correct answer is likely d.

Wait, but what about the disorientation? Both delirium and encephalitis can have that.

The absence of focal deficits on neuro exam. Encephalitis can have normal CT.

So I think d is the best answer.

The key points are sudden onset, complex visual hallucinations, normal initial workup, which fits with autoimmune encephalitis.

Therefore, the correct answer is d.

A apresentação clínica do paciente, caracterizada por início súbito de discurso incoerente, alucinações visuais complexas, agitação psicomotora e desorientação têmporo-espacial, associada à ausência de alterações em exames laboratoriais básicos e neuroimagem inicial, direciona para hipóteses diagnósticas que envolvem disfunção neurológica aguda. A análise das alternativas é a seguinte:

  • Opção a: Apesar de transtornos psicóticos induzidos por substâncias serem possíveis, a negação de uso de drogas/álcool pelo familiar e a ausência de achados laboratoriais sugestivos (ex.: alterações hepáticas ou eletrolíticas) tornam essa hipótese menos provável. Além disso, alucinações visuais complexas são menos comuns em psicoses dopaminérgicas típicas (como as induzidas por estimulantes), que geralmente cursam com alucinações auditivas e delírios paranoides.

  • Opção b: Episódios maníacos com sintomas psicóticos geralmente envolvem alterações de humor (ex.: euforia, irritabilidade), grandiosidade e hiperatividade, além de serem mais graduais em início. A desorientação têmporo-espacial não é um traço característico de mania, sendo mais sugestiva de delirium ou encefalopatia.

  • Opção c: O delirium é uma possibilidade, pois cursa com alteração aguda da atenção, desorientação e sintomas neuropsiquiátricos. No entanto, a ausência de fatores desencadeantes identificáveis (ex.: infecção, desidratação, desequilíbrios metabólicos) e a presença de alucinações visuais complexas (mais comuns em encefalites) enfraquecem essa hipótese. Além disso, o delirium geralmente está associado a flutuações no nível de consciência, não descritas no caso.

  • Opção d: A encefalite límbica autoimune, como a anti-receptor NMDA, é altamente compatível com o quadro. Caracteriza-se por sintomas neuropsiquiátricos agudos (psicose, agitação, alucinações visuais/auditivas), desorientação e disfunção de regiões límbicas (hipocampo, amígdala). A neuroimagem inicial pode ser normal, e o diagnóstico requer investigação de anticorpos no líquor. A ausência de histórico de uso de substâncias e a normalidade dos exames iniciais reforçam essa hipótese.

  • Opção e: Transtornos dissociativos são desencadeados por estressores psicológicos e envolvem dissociação da identidade ou memória, sem alucinações complexas. A presença de desorientação e sintomas neurológicos torna essa hipótese improvável.

Resposta correta: d)

A apresentação clínica é altamente sugestiva de encefalite límbica autoimune, como a anti-NMDA. A combinação de sintomas psiquiátricos agudos (alucinações visuais complexas, agitação), desorientação e exames iniciais normais direciona para essa etiologia. A disfunção neurológica é causada por anticorpos contra receptores neuronais (ex.: NMDA), resultando em inflamação de áreas límbicas. A confirmação exige pesquisa de anticorpos no líquor, sendo essencial o diagnóstico precoce para iniciar imunoterapia.

Resposta do modelo GPT-4o

A alternativa correta é:

🔹 "A apresentação clínica, com alucinações visuais complexas e desorientação, aponta para um possível quadro de encefalite límbica autoimune, caracterizada pela produção de anticorpos contra receptores neuronais (ex: anti-NMDA), resultando em disfunção em áreas como hipocampo e amígdala. A pesquisa de anticorpos específicos no líquor é mandatória."

Justificativa:

O paciente apresenta um quadro agudo de sintomas neuropsiquiátricos (discurso incoerente, alucinações visuais complexas, agitação psicomotora e desorientação), sem antecedentes psiquiátricos, consumo de substâncias ou achados anormais nos exames laboratoriais e na tomografia. Essa apresentação é altamente sugestiva de encefalite autoimune, especialmente a encefalite anti-NMDA ou outras formas de encefalite límbica.

Aspectos clínicos que sustentam essa hipótese:

  • Alucinações visuais complexas → São comuns na encefalite autoimune, diferentemente de esquizofrenia, onde predominam alucinações auditivas.
  • Desorientação e agitação psicomotora → Indicam comprometimento encefálico global.
  • Início súbito em um adulto previamente saudável → Encefalites autoimunes frequentemente acometem adultos jovens ou de meia-idade.
  • Ausência de outras causas óbvias (intoxicação, infecção, AVC, TCE) → Isso reforça a necessidade de investigação de etiologias autoimunes.

Mecanismo fisiopatológico:

A encefalite autoimune envolve a produção de anticorpos contra receptores neuronais, como os anti-NMDA, levando a disfunção do sistema límbico (hipocampo e amígdala), responsável por memória, emoções e percepção da realidade.

Conduta diagnóstica e terapêutica:

  • Coleta de líquor (LCR) → Pesquisa de anticorpos anti-NMDA ou anti-GAD, entre outros.
  • Ressonância magnética (RM) de encéfalo → Pode mostrar inflamação do sistema límbico.
  • EEG → Pode revelar um padrão característico de disfunção encefálica difusa.
  • Tratamento → Imunoterapia (corticosteroides, imunoglobulina IV, plasmaférese) e investigação de possíveis neoplasias associadas (ex: teratoma ovariano).

Análise das demais alternativas:

  • Transtorno psicótico breve induzido por substância → Apesar da ativação dopaminérgica poder causar sintomas psicóticos, não há relato de uso de substâncias e o quadro inclui desorientação, o que é atípico para intoxicações puras.
  • Episódio maníaco com sintomas psicóticos → A mania pode causar agitação e delírios, mas a desorientação e alucinações visuais complexas não são comuns.
  • Delirium de etiologia não esclarecida → O delirium pode cursar com agitação e desorientação, mas geralmente tem causa metabólica, infecciosa ou medicamentosa, que não foi evidenciada nos exames iniciais.
  • Transtorno dissociativo → Embora possa haver desconexão da realidade, não se encaixa na apresentação com alucinações visuais complexas e desorientação global.

Conclusão:

A encefalite autoimune é a hipótese mais compatível com o quadro clínico. O próximo passo é pesquisar anticorpos no líquor e conduzir uma investigação neuroimunológica aprofundada.

Resposta do modelo Gemini 2.0 Flash

A alternativa correta é a D) A apresentação clínica, com alucinações visuais complexas e desorientação, aponta para um possível quadro de encefalite límbica autoimune, caracterizada pela produção de anticorpos contra receptores neuronais (ex: anti-NMDA), resultando em disfunção em áreas como hipocampo e amígdala. A pesquisa de anticorpos específicos no líquor é mandatória.

Justificativa:

Alucinações Visuais Complexas: Alucinações visuais detalhadas, como as descritas no caso, são menos comuns em transtornos psicóticos primários (esquizofrenia, transtorno bipolar com características psicóticas) e mais sugestivas de causas orgânicas, como encefalites.

Desorientação Têmporo-Espacial e Agitação: Esses sintomas, combinados com as alucinações visuais, são altamente sugestivos de um quadro confusional agudo (delirium). No entanto, a ausência de alterações nos exames iniciais e a descrição específica das alucinações direcionam a investigação para causas menos comuns de delirium.

Encefalite Límbica Autoimune: Essa condição, especialmente a encefalite anti-NMDA, pode se manifestar com um quadro psiquiátrico agudo, incluindo alucinações visuais complexas, agitação, desorientação, alterações de comportamento e, em estágios mais avançados, convulsões e alterações do nível de consciência. A encefalite límbica afeta áreas cerebrais como o hipocampo e a amígdala, que estão envolvidas na memória, emoção e comportamento, explicando os sintomas apresentados pelo paciente.

Importância da Pesquisa no Líquor: A confirmação diagnóstica da encefalite límbica autoimune requer a análise do líquor para pesquisa de anticorpos específicos contra receptores neuronais (como o anti-NMDA).

Por que as outras alternativas são menos prováveis:

A) Transtorno Psicótico Induzido por Substância: Embora seja importante considerar essa possibilidade, a ausência de relato de uso de substâncias e a normalidade dos exames iniciais tornam essa hipótese menos provável. Além disso, alucinações visuais complexas não são a manifestação mais comum de psicose induzida por substâncias.

B) Episódio Maníaco com Sintomas Psicóticos: Um episódio maníaco agudo pode causar sintomas psicóticos, mas as alucinações visuais complexas são menos típicas. Além disso, a ausência de histórico de transtorno bipolar e a apresentação aguda e atípica tornam essa hipótese menos provável.

C) Delirium de Etiologia Não Especificada: Embora o quadro clínico possa sugerir delirium, a ausência de causas óbvias nos exames iniciais e as alucinações visuais complexas direcionam a investigação para causas mais específicas e potencialmente tratáveis, como a encefalite autoimune.

E) Transtorno Dissociativo: Transtornos dissociativos raramente se manifestam com alucinações visuais complexas. A apresentação clínica é mais focada em alterações na identidade, memória e percepção do self, e não em sintomas psicóticos floridos.

Em resumo: Diante de um quadro psiquiátrico agudo com alucinações visuais complexas, desorientação e agitação, na ausência de causas óbvias nos exames iniciais, a encefalite límbica autoimune deve ser considerada como uma hipótese diagnóstica importante, e a pesquisa de anticorpos no líquor é fundamental para confirmar ou descartar essa condição.

Resposta do modelo Gemini 2.0 Flash-Lite Preview 02-05

A alternativa correta é a C.

Justificativa:

C) A ausência de alterações na neuroimagem e exames laboratoriais, associada à agitação psicomotora intensa, sugere um quadro de delirium de etiologia ainda a ser esclarecida, possivelmente relacionado a desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores, incluindo acetilcolina e GABA.

Delirium: O quadro clínico descrito (início súbito, discurso incoerente, alucinações visuais complexas, agitação psicomotora, desorientação têmporo-espacial) se encaixa perfeitamente nos critérios diagnósticos de delirium. É um estado de confusão mental aguda e flutuante, caracterizado por alteração da consciência, desatenção e alterações cognitivas.

Etiologia: O delirium é sempre secundário a uma causa subjacente. As causas podem ser diversas (infecciosas, metabólicas, tóxicas, neurológicas, etc.). A ausência de alterações nos exames laboratoriais e na tomografia computadorizada não exclui o diagnóstico de delirium, mas indica que a causa não é óbvia e requer investigação adicional.

Neurotransmissores: O delirium está associado a desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores. A deficiência de acetilcolina e o excesso de dopamina estão frequentemente implicados. O GABA também pode estar envolvido.

Agitação Psicmotora: a presença de agitação psicomotora intensa é sugestiva de delirium.

Análise das outras alternativas:

A) Incorreta: Embora o uso de substâncias possa causar quadros psicóticos, o relato negativo do familiar e a ausência de outros sinais clínicos (por exemplo, sinais de abstinência) tornam essa hipótese menos provável, embora ainda deva ser considerada. A investigação toxicológica é importante em qualquer caso de suspeita, mas a clínica inicial aponta mais fortemente para delirium.

B) Incorreta: Um episódio maníaco com sintomas psicóticos é menos provável devido ao início súbito e a ausência de histórico de episódios maníacos anteriores. Embora a psicose possa estar presente, a desorientação e o curso agudo são mais típicos de delirium.

D) Incorreta: Embora a encefalite límbica autoimune possa causar sintomas psiquiátricos e alterações no estado mental, geralmente cursa com déficits neurológicos focais (nem sempre, mas comum) e a apresentação tende a ser subaguda. Além disso, a pesquisa de anticorpos no líquor é um exame crucial, mas o quadro clínico descrito é mais sugestivo de outras condições.

E) Incorreta: Transtornos dissociativos geralmente envolvem perda da continuidade da consciência e memória, mas não tipicamente com alucinações visuais complexas e agitação psicomotora intensa. O início é geralmente gradual e associado a fatores psicossociais.

Em resumo: O quadro clínico do paciente é mais sugestivo de delirium, e a investigação para a causa subjacente é essencial. A alternativa C é a que melhor descreve o quadro clínico e as hipóteses etiológicas e neurobiológicas.

Resposta do modelo deepseek-r1-distill-llama-70b

A resposta correta é a alternativa D. O quadro clínico apresentado pelo paciente, caracterizado por início súbito de discurso incoerente, alucinações visuais complexas, agitação psicomotora intensa e desorientação, sem evidências de uso de substâncias, trauma ou alterações em exames laboratoriais e de neuroimagem, é altamente sugestivo de encefalite límbica autoimune. Essa condição frequentemente resulta da produção de anticorpos contra receptores neuronais, como os receptores NMDA, levando a disfunção em estruturas límbicas, incluindo o hipocampo e a amígdala. A investigação laboratorial, incluindo a pesquisa de anticorpos no líquor, é fundamental para o diagnóstico definitivo.

Resposta do modelo "llama-3.3-70b-versatile"

A resposta correta é a alternativa C) A ausência de alterações na neuroimagem e exames laboratoriais, associada à agitação psicomotora intensa, sugere um quadro de delirium de etiologia ainda a ser esclarecida, possivelmente relacionado a desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores, incluindo acetilcolina e GABA.

Justificativa:

O quadro clínico apresentado pelo paciente, caracterizado por discurso incoerente, alucinações visuais complexas, agitação psicomotora intensa e desorientação têmporo-espacial, sem outros déficits focais neurológicos ou anormais nos exames laboratoriais iniciais e na tomografia computadorizada de crânio sem contraste, é altamente sugestivo de um estado de delirium.

O delirium é um transtorno neuropsiquiátrico caracterizado por uma alteração aguda e flutuante da consciência, com desorientação, dificuldade de manter o foco de atenção, e pensamento desorganizado. Alucinações visuais são comuns nesse contexto. A agitação psicomotora é frequentemente observada, decorrente da desregulação do sistema nervoso autônomo e do estado de alerta alterado.

A etiologia do delirium é multifatorial e pode incluir uma variedade de causas, como infecções, uso de medicamentos, abstinência de substâncias, condições médicas graves, e até mesmo causas iatrogênicas. A falta de relato de uso de substâncias, evento traumático ou medicações não exclui a possibilidade de uma causa médica subjacente que ainda não foi identificada.

A menção a desequilíbrios em múltiplos sistemas de neurotransmissores, incluindo acetilcolina e GABA, está de acordo com a compreensão atual do delirium. A disfunção no sistema colinérgico, particularmente, tem sido associada ao desenvolvimento do delirium, e a modulação GABAérgica também desempenha um papel importante na regulação do estado de consciência.

As outras opções não são tão bem sustentadas pelos dados apresentados:

  • A opção A sugere um transtorno psicótico breve induzido por substância, mas o relato de não uso de substâncias e a ausência de outros déficits neurológicos focais não apoiam fortemente essa hipótese.
  • A opção B, que sugere um episódio maníaco com sintomas psicóticos, não é apoiada pelos sintomas apresentados, como alucinações visuais complexas e desorientação, que são mais características de delirium do que de mania.
  • A opção D, que aponta para uma encefalite límbica autoimune, é uma condição rara e os sintomas apresentados, embora possam se sobrepor, não são suficientes para apoiar essa diagnose sem outras evidências, como achados específicos em exames de imagem ou presença de anticorpos específicos.
  • A opção E, que sugere um transtorno dissociativo, não é apoiada pelos sintomas clínicos apresentados, que incluem alucinações visuais e desorientação, que são mais consistentes com delirium do que com dissociação.

Portanto, a alternativa C é a que melhor explica o quadro clínico apresentado, destacando a importância de uma investigação mais aprofundada para esclarecer a etiologia subjacente do delirium.